200 Anos de Nascimento de Louis Braille, inventor da leitura para cegos
Durante o Ano de 2009, foi comemorado o Bicentenário de Aniversário de Louis Braille, a comissão Paulistana para o Bicentenário de Aniversário organizou palestras buscando aproximar a comunidade em geral a realidade dos deficientes visuais, uma vez que muitos não conhecem os recursos disponíveis para o aprendizado e as possibilidades de inclusão das pessoas cegas e com baixa visão.
Nós do Garagem-online apostamos na inclusão social, não só dos deficientes visuais, como de todas as outras deficiências, assim como acreditamos numa sociedade mais justa e acolhedora das diferenças. Cremos que para vencer as barreiras do preconceito, precisamos derrubar os obstáculos da desinformação.
Assim, nada mais justo do que registrarmos nossa homenagem, não só ao inventor da leitura e escrita para cegos, como ao grande homem que trouxe perspectiva de vida e esperança para tantas pessoas acometidas de cegueira.
Conhecendo o sistema...
O sistema Braille é um sistema de leitura e escrita tátil utilizado universalmente por pessoas cegas, foi inventado na França por Louis Braille, um jovem cego, reconhecendo-se o ano de 1825 como o marco dessa importante conquista para a educação e integração dos deficientes visuais na sociedade.
O Sistema Braille é de extraordinária universalidade: pode exprimir as diferentes línguas e escritas da Europa, Ásia e da África.
Permite uma forma de escrita eminentemente prática. Sua principal vantagem, todavia, reside no fato das pessoas cegas poderem facilmente escrever por esse sistema, com o auxílio da reglete e do punção, satisfazendo assim o seu desejo de comunicação.
Exceto pela fadiga, a escrita Braille pode tornar-se tão automática para o cego quanto a escrita com lápis para a pessoa de visão normal.
Exceto pela fadiga, a escrita Braille pode tornar-se tão automática para o cego quanto a escrita com lápis para a pessoa de visão normal.
O sistema Braille é empregado por extenso, isto é, escrevendo-se a palavra, letra por letra, ou de forma abreviada, adotando-se códigos especiais de abreviaturas para cada língua ou grupo lingüístico.
O braille por extenso é denominado grau 1. O grau 2 é a forma abreviada, empregada para representar as conjunções, preposições, pronomes, prefixos, sufixos, grupos de letras que são comumente encontradas nas palavras de uso corrente. A principal razão de seu emprego é reduzir o volume dos livros em Braille e permitir o maior rendimento na leitura e na escrita. Uma série de abreviaturas mais complexas forma o grau 3, para o qual necessita de um conhecimento profundo da língua, uma boa memória e uma sensibilidade tátil muito desenvolvida por parte do leitor cego.
O tato é também um fator decisivo na capacidade de utilização do braille, permitindo uma ótima percepção, identificação e discriminação dos símbolos Braille.
Este fato acontece somente através da estimulação consecutiva dos dedos pelos pontos em relevo. Essas estimulações ocorrem muito quando se movimenta a mão (ou mãos) sobre cada linha escrita num movimento da esquerda para a direita.
Portanto, a passos de formigas... o comportamento da sociedade está mudando quanto à aceitação das necessidades especiais das Pessoas Portadoras de Deficiências Físicas; reconhecer é um passo!
A nós, envolvidos na questão, cabe não só reconhecermos mas também lutarmos para que outras conquistas sejam alcançadas, e a tão sonhada igualdade de direitos de fato exista!!!
REGLETE: Corresponde à uma régua dupla, que abre e fecha com apoio de dobradiças no canto esquerdo, e em cuja abertura é destinada ao papel.
PUNÇÃO: Instrumento furador, com uma base de apoio e uma ponteira metálica, será colocado dentro de cada janela, e uma a uma pressiona-se os pontos desejados para cada letra.
1 comentários:
Nossa, esse do Brailler ser do sobrenome de um homem eu não sabia... Muito legal!
Beijos ;*
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