Nosso terapeuta Ocupacional Paulo Rogério nos conta um pouco sobre sua profissão dando ênfase as adaptações.
Confira!
1- Como é o trabalho para um T.O com adaptações? Para realizar adaptações requer um outro curso específico fora a graduação?
Todo Tepareuta Ocupacional é um especialista em analisar as atividades humanas e em especial intervir quando o ser humano apresenta dificuldades em realizá-las. Nesta intervenção o Terapeuta Ocupacional vai utilizar de técnicas aprendidas, o uso de adptações e a confecção das mesmas é uma destas técnicas.
Para confecção de adaptações com enfoque mais tecnológico, é necessário o conhecimento técnico ou, o mais comum é o Terapeuta Ocupacional se associar à profissionais que possuam este conhecimento (técnicos, engenheiros, arquitetos, etc.);
2- Houveram avanços nas técnicas? Quais?
Sim e muito avanço após a consolidação da profissão e de cursos de especialização em Tecnologia Assistiva. É difícil citar quais os avanços em si, porém o desenvolvimento de softwares e equipamentos visando pessoas com necessidades especiais e o conhecimento por parte da população de que há um profissional com o enfoque do Terapeuta Ocupacional, tem contribuído para o avanço na área.
3-Para você como é trabalhar com Terapia Ocupacional?
Gratificante. O enfoque nas potencialidades da pessoa e não nas suas dificuldades foi o que me chamou a atenção e contribuiu para que eu deixasse a área de telecomunicações, na qual trabalhei por 6 anos, iniciando na Terapia Ocupacional, utilizando ambos os conhecimentos.
4- Como surgem as idéias para se fazer uma adaptação?
A partir da análise da atividade, na qual vemos as dificuldades na execução e como a adaptação pode auxiliar ou potencializar. Também a partir de idéias vindas da pessoa que irá utilizar e de outras adaptações que obtiveram sucesso.
5- Qual a diferença do Terapeuta Ocupacional Brasileiro do Europeu?
Eu especificamente tive contato com um terapeuta ocupacional irlandês. A maior diferença está no quesito criatividade. O terapeuta ocupacional irlandês possui acesso facilitado à recursos e tecnologias de alto custo. Já no Brasil temos menor acesso, não somente nessa área, mas em todas relacionadas à acessibilidade. Sendo assim, o profissional brasileiro apresenta maior criatividade e capacidade de resolução de problemas.
6- O governo estrangeiro investe mais em tecnologia do que o governo brasileiro?
Sim, pelo menos aparentemente os governos enxergam a tecnologia como facilitar e direito e não como luxo. Aqui, tenho a impressão que há ainda a visão de que isto é luxo e pode ser supérfluo, portanto, não necessária.
7-É muito diferente trabalhar com pacientes portadores de distrofia muscular de outras patologias?
Cada paciente é diferente – cada pessoa possui suas particularidades. A única mudança é o fato deste perfil populacional se adaptar e achar seus próprios meios de executarem as atividades do dia-a-dia, nos ensinando muito, Fora este fato vocês são tão “legais” quanto nós e quanto qualquer pessoa.
Supervisão: Viviane
1 comentários:
Bela entrevista, Félips e Alê!
Saudades
Rosana
Postar um comentário