Garagem é um lugar onde se guardam carros.-.Garagem é o lugar onde a banda toca.-.Garagem é o lugar onde se guardam as ferramentas.-.Mas essa garagem é um lugar diferente.-.Que nem todo mundo entende...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Grande Contradição do Mercado de Trabalho para Pessoa com Deficiência ( Por Andre Hidemi )



Ilistração retirada do site :
 http://bica.cnotinfor.pt/

O mercado de trabalho para Pessoa com Deficiência vive sob uma grande contradição. Por um lado, ouve-se falar que a Lei de Cotas tem apertado o cerco sobre as empresas, fazendo com que estas busquem desesperadamente contratar e preencher todas as vagas destinadas para Pessoa com Deficiência, sob o risco de serem multadas. O que se vê, no entanto, é a contratação de apenas Pessoa com Deficiência leve, como pessoas sem dedo, que usam muleta, que tem pé torto, que não movimentam um membro, eliminando as chances de um cadeirante e de quem mais precisa.

Por outro lado, ouve-se falar que no ramo não tem profissional qualificado e com capacitação, sobrando vagas por falta de profissionais qualificados no mercado, fazendo com que a própria empresa ofereça treinamento e financie cursos de qualificação profissional. O que se vê, porém, é a contratação de Pessoa com Deficiência com Ensino Médio e Fundamental, havendo a exclusão da Pessoa com Deficiência com Ensino Superior. Afirma-se que as empresas visam com isso pagar menos e economizar custos na contratação de Pessoa com Deficiência, uma vez que seriam obrigadas a pagar salários maiores para Pessoa com Deficiência com Ensino Superior e maior qualificação. Ou seja, se o currículo da Pessoa com Deficiência for ruim não contratam e se for ótimo também não contratam.

 Ouve-se falar que as empresas dão todo o apoio e suporte necessários durante o serviço para Pessoa com Deficiência. O que se vê, no entanto, por um lado é todo o salário da Pessoa com Deficiência sendo corroído para o gasto em transporte, não compensando em nada a vaga de emprego. Por outro lado, o que se vê são as empresas não oferecendo vagas no sistema Home Office (trabalho em casa via internet) nem sob a forma de Emprego Apoiado (treinamento com técnico e fornecimento de equipamento na casa da Pessoa com Deficiência), havendo um total desconhecimento das empresas acerca dos conceitos mencionados. Ora, se as empresas estão tão desesperadas em cumprir a Lei de Cotas, por que na hora H fazem uma burocracia para contratar? Por que não contratam mesmo que a vaga da Pessoa com Deficiência vire um cabide de emprego? Por que não oferecem transporte, seja por meio de veículo próprio da empresa ou por meio de um acordo? Eis a grande contradição do mercado de trabalho da Pessoa com Deficiência. Vai entender!!!

1 comentários:

Caro André:

O trabalhador com deficiência é um indivíduo único com uma gama plena de competência, aptidão, conhecimento e experiência, como qualquer outro trabalhador candidato a uma vaga. Cabe à empresas potencializar as deficiências, explorando-as de forma racional e adequá-las a cada capacidade, atribuindo a cada um, aproveitando os talentos individuais, funções específicas às suas vocações e especialidades.

Evidentemente as considerações devem respeitar o trabalhador com deficiência como outro qualquer, apoiá-lo em estudo, qualificação e formação, dando-lhe as mesmas oportunidades para que seja capaz de desempenhar suas atividades em seu emprego atual, podendo aplicar o fruto do aprendizado em progresso e desenvolvimento da empresa e de sua carreira profissional, incluindo os acessos e promoções nos diversos níveis dentro da organização.

Todo e qualquer comportamento empresarial que foge a essa meta, não está uníssono com as leis vigentes, aplica métodos e praticas que buscam apenas o puro cumprimento legal, entretanto, não busca a efetividade do efeito da lei que é trazer para o seio das empresas o maior número de funcionários deficientes, sem contudo peder a qualidade do trabalho executado, o que para isso, a própria empresa deve investir maciçamente na acessibilidade, não só pelo aspecto legal, e sim, que é fundamental, pelo aspecto humano. Abraços Daniel

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