Garagem é um lugar onde se guardam carros.-.Garagem é o lugar onde a banda toca.-.Garagem é o lugar onde se guardam as ferramentas.-.Mas essa garagem é um lugar diferente.-.Que nem todo mundo entende...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Seis anos de Aprovação da Lei de Biossegurança...

"Cautela técnica nós aplaudimos; burocracias repudiamos!!!"


Confiram matéria escrita por Andrea Albuquerque do Movitae
A proximidade da harmonia entre o sonho e o sensato vai além da nossa vontade, vai da vontade de um grupo que precisa ter humildade e coragem para colocar o Brasil num patamar melhor de ensaios clínicos.
 
Caros,


A gente sempre comenta que o tempo voa, não é mesmo?
Às vésperas do Carnaval minha mãe, diz: "Daqui a pouco já é Natal!". A gente se diverte com o exagero, mas em parte, ou melhor, na imensa maioria das vezes, ela tem razão.
Dia 02 de março de 2011 a Lei de Biossegurança, que permite que sejam feitas pesquisas com células-tronco embrionárias, completa 6 anos. Acho que o dia da aprovação foi um dos mais emocionantes na vida de muita gente, sabe quando a gente dá aquele suspiro de alivio? Aquele de levantar os ombros e de soltar o ar pela boca? Foi um pouco assim. Uma realização.

Mas - e vale um “mas” bem longo - muita coisa ainda tem de ser feita.

Vamos relembrar um pouco quais etapas são necessárias para se fazer uma pesquisa científica, no caso das células-tronco, por exemplo. Tradicionalmente primeiro acontece a pesquisa básica, rapidamente podemos lembrar de alguma aula de ciências do ensino fundamental, avental, bancada de mármore, placa de petri, pipeta e proveta, aqueles vidrinhos e compartimentos onde misturávamos substâncias coloridas; isso tudo numa complexidade inimaginável, ao menos para mim, uma não cientista.
Sabe-se que uma boa pesquisa deve ser passível de replicação, faz parte da validação de um estudo. O debruçar sobre este requer, portanto, muita dedicação.

Em outra etapa são utilizados animais como camundongos e animais maiores.

Houve uma época na minha vida na qual eu ia semanalmente ao Instituto Butantã buscar uma vacina que meu pai tinha de tomar, e passava em frente ao espaço onde ficam os macacos Rhesus - aqueles do fator sanguíneo -, foi uma época muito difícil, mas eu me sentia agradecida com eles, porque muito havia se descoberto deste modo, estudando animais de grande porte. Estas pesquisas são chamadas de pré-clínicas.

Bem, toda pessoa que está ou conhece alguém que tenha alguma doença, ou alguma deficiência, e lê o texto até aqui pode estar pensando: "Tá, tá, tá, tá, mas e aí, e as pesquisas com gente? E as pesquisas prá gente?".

Paro um pouco de escrever, fico pensando que é mais fácil lembrar das aulas de ciências a refletir sobre a angústia da espera.
A angústia da espera é um amontoado de sentimentos, onde conflitam a esperança e a certeza.
Toda doença tem um peso enorme, que só fica mais leve quando um sopro de esperança surge, e surgiu com as células-tronco. Acho que o levantar de ombros há seis anos não era alívio, era um sopro de esperança.
Na onda deste sopro tão verdadeiro vieram possíveis aproveitadores, com clínicas espalhadas pelo mundo, dizendo tratar as mais diversas enfermidades com células-tronco. Primeiro que a regra de ouro é quebrada, certo ou não - e isso pode ficar para uma outra discussão -, as pesquisas não podem ser cobradas. E eles cobram; e muito.

É difícil dizer "não vá", ou melhor, é fácil falar quando não se está nesta angústia da espera, com o sonho e o sensato duelando dentro de si. Quem tem ou conhece alguém que tenha uma doença grave pode, por desespero, por angústia, por falta de informação, ir em busca dessas clínicas. Infelizmente. Devemos, sem dúvida, coibir quem vende a idéia de cura cobrando fortunas e prometendo mundos e fundos. Coibir esta prática significa estar de acordo com a verdade*.

É preciso que se discuta sobre 2 pontos fundamentais:

■a importância da informação com transparência;

■o incentivo à pesquisa clínica no Brasil.

Eu quero a diminuição do descompasso entre a doença e a cura!
Tenho certeza que você também quer, mas isso só vai acontecer se o Ministério da Saúde também quiser.
Os órgãos de ética em pesquisa também precisam querer!

É preciso que haja agilidade, não podemos aceitar pouca atividade de pesquisas clínicas no Brasil por ineficiência política.
A proximidade da harmonia entre o sonho e o sensato vai além da nossa vontade, vai da vontade de um grupo que precisa ter humildade e coragem para colocar o Brasil num patamar melhor de ensaios clínicos.


Vejam  a matéria na íntegra e conheçam o blog do movitae clicando em:

1 comentários:

É pena que nos não temos cociência,que temos um grande papel ,cobrando atitudes das autoridades .

Abraços

mara

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