Na cerimônia de abertura, a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella, enfatizou a importância da inclusão das pessoas com deficiência no mundo cultural e artístico e se mostrou muito animada com o início do terceiro evento desse porte.
“Queria agradecer a todos que colaboraram de forma muito expressiva para que pudéssemos, este ano, organizar 800 atividades, construindo de forma muito sinérgica o conceito de inclusão social, esse conceito que ajuda no avanço do processo civilizatório, no respeito aos direitos de todos os humanos”.
Após a abertura, a Avenida Paulista foi tomada por centenas de pessoas para a tradicional passeata liderada pelo Movimento Superação, evento que ocorre há nove anos, e nos últimos anos vem se incorporando à Virada Inclusiva em São Paulo, sedimentando a movimentação pela inclusão social das pessoas com deficiência.
Homenagem à Frida Kahlo
A Virada Inclusiva abriu a mostra em homenagem a Frida Kahl no sábado, 1º/12, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Permanecendo em exposição até sabado, 8/12.
Arte andante nas ruas de São PauloDurante a tarde do mesmo sábado, uma das atividades realizadas foi o Walking Gallery, que percorreu as calçadas da Rua Oscar Freire.
A ideia do movimento cultural Walking Gallery é propor um novo formato de exibição de arte. Idealizado há três anos pelo arquiteto e artista catalão José Puig, o primeiro Walking Gallery (WG) foi em Barcelona na Espanha. Hoje a marcha artística já se espalha por cidades como Londres. São Miguel Allende (México), Montevideo e Buenos Aires, além de seis cidades espanholas.
Em São Paulo, a coordenadora do Walking Gallery é Ana Rosa Colhado e desde que iniciou a atividade na capital, é a primeira vez que promove atividade com exposição de arte de pessoas com deficiência.
“Estou surpresa e encantada. Anteriormente atuei com organizações como a Ashoka, mas nunca antes com artistas com deficiência, estou impressionada com a participação e energia dos participantes”, destaca.
Entre os participantes estava Marc Aoki Ito, um jovem de 27 anos, com distrofia muscular e feliz com sua primeira exposição com arte elaborada em Killing (rolinhos de papel dobrados e colados formando figuras). “É a primeira exposição, mas terceira peça que produzo”, explicou orgulhoso. Ele seguiu junto com a Walking Gallery desde a estação Sumaré do metrô, ao longo da rua Oscar Freire, enchendo os olhares dos transeuntes de curiosidade e surpresa, pela cor e vida da “galeria andante”.
Memorial da América LatinaA Virada Inclusiva chegou ao fim segunda, 03 de dezembro, no auditório Simon Bolivar, no Memorial da América Latina com o Ballet inclusivo do grupo de bailarinas cegas.
Durante o encerramento, a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella, falou sobre a alegria e participação nesses três dias de festa. “Estivemos na maior parte do tempo nas ruas, onde tivemos uma grande oportunidade de agregar novos parceiros e fazer com que as pessoas possam entender o valor da acessibilidade e inclusão dentro da sociedade”, ressaltou.
A Secretária falou também sobre a apresentação da Cia de Ballet de Cegos, que foi uma das atrações do encerramento. “Nada poderia ser mais inclusivo do que o ballet das meninas cegas. O ballet finaliza com a máxima do potencial das pessoas, e dentro dessa lógica de arte, que nos encanta, de forma tão expressiva”.
A Cia de Ballet de Cegos Fernanda Bianchini apresentou dois números clássicos: a Danças das Fadas e o clássico de Natal, “O Quebra Nozes”.
“O dia de hoje é importante para que os aplausos venham pela qualidade da apresentação”. Diz Fernanda Bianchini, idealizadora da Cia.
Uma das coreografias apresentadas no encerramento da Virada foi a exibida na cerimônia das Paralimpíadas de Londres.
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