Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Com essa frase, dita ha 2 mil anos, quando perguntado se era licito pagar impostos, Cristo, já definia bem a questão de que política e religião não se misturam. Isso reflete a grande influencia que a religião exerce sobre a Política, quando questões éticas e morais são envolvidas nas polêmicas discutidas, desde tempos remotos.
Nas discussões sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, legalização do aborto, casamento gay, união civil entre homossexuais, proibição do uso de símbolos religiosos em lugares públicos, legalização da eutanásia e demais questões, padres, bispos, pastores, rabinos, evangélicos, a CNBB, a Igreja Católica e o Vaticano exercem forte lobby, militância e pressão política, transformando-se em verdadeiros cabos eleitorais. As igrejas e os templos se tornam locais de aparição publica e grandes comícios.
Nestas eleições, houve a reviravolta no primeiro turno, na qual as pesquisas que indicavam a vitoria de Dilma Roussef já no primeiro turno não se concretizaram, havendo o segundo turno com Jose Serra e a ascensão de Marina Silva na ultima hora. Isso se deveu as acusações sobre a suposta defesa do aborto por parte de Dilma Roussef. Na eleição para prefeito de São Paulo em 1985, o candidato que era o 1º colocado nas pesquisas, se declarou ateu num debate de televisão e surpreendentemente acabou perdendo o pleito e muitos acreditam que foi por causa dessa declaração. Não levaram em conta se ele poderia ser um bom administrador.
Daí a importância de se ficar em alerta para que o Congresso Nacional não se torne uma espécie de “Santa Inquisição” velada, onde questões que beneficiariam milhares de pessoas como as células-tronco, por exemplo, fiquem travadas nas mãos dos supostos representantes de Deus em nome da ética, da moral e dos bons costumes.
E aproveitando o assunto, o Garagem online fez uma enquete com o pessoal da ABDIM. Os resultados dão que 50% acreditam que a religião influencia em suas vidas contra 50% que não acreditam na informação. Na outra pesquisa, 39 pessoas acreditam que a religião influencia na política contra 24 que não acreditam na informação.
Consultando no dicionário Aurélio o significado de influência, veremos o seguinte: s.f. Ação de uma pessoa ou de uma coisa sobre outra: ter grande influência sobre uma criança; influência do clima sobre o temperamento. / Ascendência, autoridade, crédito, prestígio, preponderância. / Influxo.
Perguntamos, nesse contexto, até que ponto nós somos de fato influenciados na era dos Ipods e do MP3. Apesar do aparato tecnológico que amplia a circulação e a criação de informações – chegando até ao ponto de desinformar, tamanho o excesso de notícias – vemos que comportamentos extremamente tradicionais e religiosos ainda são diluídos em campos da sociedade que, a priori, deveriam ter evoluído moralmente, no decorrer da história. No caso do conhecimento científico, que sempre se colocou distante do discurso da religião, percebe-se que as decisões relacionadas a políticas científicas ainda são fortemente ligadas a interesses políticos – estes sim conduzidos de maneira religiosa. Ainda vemos que o retrocesso é a palavra de ordem, e que o progresso é esquecido.
Créditos: André Hidemi, Valdir Higino, José Aparecido, Ana Carolina.
Correção : Bruno de Pierro
Nas discussões sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, legalização do aborto, casamento gay, união civil entre homossexuais, proibição do uso de símbolos religiosos em lugares públicos, legalização da eutanásia e demais questões, padres, bispos, pastores, rabinos, evangélicos, a CNBB, a Igreja Católica e o Vaticano exercem forte lobby, militância e pressão política, transformando-se em verdadeiros cabos eleitorais. As igrejas e os templos se tornam locais de aparição publica e grandes comícios.
Nestas eleições, houve a reviravolta no primeiro turno, na qual as pesquisas que indicavam a vitoria de Dilma Roussef já no primeiro turno não se concretizaram, havendo o segundo turno com Jose Serra e a ascensão de Marina Silva na ultima hora. Isso se deveu as acusações sobre a suposta defesa do aborto por parte de Dilma Roussef. Na eleição para prefeito de São Paulo em 1985, o candidato que era o 1º colocado nas pesquisas, se declarou ateu num debate de televisão e surpreendentemente acabou perdendo o pleito e muitos acreditam que foi por causa dessa declaração. Não levaram em conta se ele poderia ser um bom administrador.
Daí a importância de se ficar em alerta para que o Congresso Nacional não se torne uma espécie de “Santa Inquisição” velada, onde questões que beneficiariam milhares de pessoas como as células-tronco, por exemplo, fiquem travadas nas mãos dos supostos representantes de Deus em nome da ética, da moral e dos bons costumes.
E aproveitando o assunto, o Garagem online fez uma enquete com o pessoal da ABDIM. Os resultados dão que 50% acreditam que a religião influencia em suas vidas contra 50% que não acreditam na informação. Na outra pesquisa, 39 pessoas acreditam que a religião influencia na política contra 24 que não acreditam na informação.
Consultando no dicionário Aurélio o significado de influência, veremos o seguinte: s.f. Ação de uma pessoa ou de uma coisa sobre outra: ter grande influência sobre uma criança; influência do clima sobre o temperamento. / Ascendência, autoridade, crédito, prestígio, preponderância. / Influxo.
Perguntamos, nesse contexto, até que ponto nós somos de fato influenciados na era dos Ipods e do MP3. Apesar do aparato tecnológico que amplia a circulação e a criação de informações – chegando até ao ponto de desinformar, tamanho o excesso de notícias – vemos que comportamentos extremamente tradicionais e religiosos ainda são diluídos em campos da sociedade que, a priori, deveriam ter evoluído moralmente, no decorrer da história. No caso do conhecimento científico, que sempre se colocou distante do discurso da religião, percebe-se que as decisões relacionadas a políticas científicas ainda são fortemente ligadas a interesses políticos – estes sim conduzidos de maneira religiosa. Ainda vemos que o retrocesso é a palavra de ordem, e que o progresso é esquecido.
Créditos: André Hidemi, Valdir Higino, José Aparecido, Ana Carolina.
Correção : Bruno de Pierro