Garagem é um lugar onde se guardam carros.-.Garagem é o lugar onde a banda toca.-.Garagem é o lugar onde se guardam as ferramentas.-.Mas essa garagem é um lugar diferente.-.Que nem todo mundo entende...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Vivendo e aprendendo a jogar:

No mês de abril, foi realizado, na garagem, o Projeto-Projeto. Os garagistas elaboraram temas e escreveram uma justificativa de acordo com uma pesquisa de uma imagem que representasse o projeto escolhido.

Foram elaborados diversos temas, como meio ambiente, sexualidade, alimentação, arte oriental, carros, política, entre outros. Em seguida, houve uma votação entre os projetos e o mais votado seria desenvolvido em maio. O projeto vencedor foi Game, levando disparado o primeiro lugar:



Navegando no Mundo dos Games...

Com a definição do Projeto-Projeto e do vencedor do tema, GAMES, tivemos o auxilio de um especialista no assunto, Guilherme Figueiredo, 20 anos, estudante do 7º semestre do curso de Design de Games da Universidade Anhembi Morumbi.

Através de contato, com a educadora Jade, a GARAGEM conseguiu o apoio para o desenvolvimento deste projeto. Além de ter dado suporte técnico e didático, o estudante esteve na GARAGEM no dia 26 de abril e respondeu
aos meninos todas as curiosidades sobre o tão adorado GAMES.

Vejam como foi a entrevista!!!

Eder Telles – Gostaria de saber mais sobre o conceito de 3D.

R: As ferramentas, ou programas de computadores, de 3D funcionam como se você estivesse brincando de modelar com massinha. Entretanto, isso é reproduzido no computador. São com essas ferramentas que o designer dá volume aos personagens e objetos no cenário. È o programa 3D que torna o jogo, no quesito gráfico, mais realista.

César - Como incluir o personagem ao enredo?

R: Incluir um personagem a um enredo funciona da mesma maneira como se fosse criar uma história. Na verdade um game não passa de uma história dinâmica (ou seja, o jogador pode “alterar” o final) apresentada digitalmente.
Para incluir o personagem de uma forma com que ele faça sentido, é necessário um breve estudo do tempo e espaço da historia e uma justificativa coerente do motivo de cada coisa. Por exemplo, um guerreiro do ano de 2130, com armas e armaduras de alta tecnologia em um cenário medieval do século 12. Isso não faria tanto sentido para um jogo uma vez que o guerreiro não esta no mesmo tempo e espaço que seu perfil (ou no caso suas armas). Uma maneira de adequar isso seria ele não possuir arma nenhuma e ter voltado no tempo com algum tele transporte ou maquina do tempo. Talvez assim o guerreiro se encaixasse melhor no enredo.

Roldão - De onde vem a inspiração para desenvolver um game?

R: Inspiração e idéias para se criar um jogo novo veem de todos os lugares onde possa se retirar uma informação. Seja na TV, no radio ouvindo musica, em livros, revistas, gibis, jogos digitais. A partir de uma idéia retirada de algum lugar, o designer começa a moldá-la, juntando com outras fontes de idéias até chegar a uma idéia final para desenvolvimento do jogo.

W.Rabello - A continuação dos jogos depende de quê? Das vendas ou do sucesso?

R: Vendas e sucesso de um jogo estão interligados. Se o jogo faz sucesso, ou seja, se foi feita uma boa divulgação de marketing as pessoas vão se interessar e comprar o jogo, logo o jogo também fará sucesso em vendas. Entretanto, a continuação de um game é criada através de pesquisa de mercado, ou seja, entrevistas com jogadores para saber se caso houvesse uma continuação se eles comprariam ou não, uma vez que o jogo tenha feito sucesso na sua primeira versão.

Pablo - Como participo de um campeonato de games?

R: Existem diversas formas para participar de um campeonato. Existem campeonatos oficiais de alguns jogos como Winning Eleven (futebol) ou Sreet Fighter (luta) onde você tem que se inscrever pela internet (não tenho certeza sobre isso). Outra forma é você criar seu próprio campeonato em casa de algum jogo que você e seus amigos gostem. Criem regras de como funcionará o campeonato e que vença o melhor.

Todos - Para fazer o jogo, precisa-se de varias pessoas certo? Quais são essas divisões e qual a parte que você gosta de fazer?

R: Correto, precisa-se de muitas pessoas pra se criar um game assim como existem diversos cargos e setores na produção do mesmo. As divisões são feitas da seguinte maneira:
-Game Design: são os responsáveis pela criação do game em si. Ou seja, eles desenvolvem a temática, o perfil dos personagens e a historia do jogo (de uma maneira bem simples)
-Level Design: são os responsáveis em criar os desafios de cada fase, ou seja, o que o jogador deverá fazer em uma fase “x”. Com quem deve falar, pra onde deve ir, o que deve pegar, pra quem entregar. São eles que criam os desafios a serem passados pelo jogador.
-Roteiristas: são os responsáveis em criar a historia do jogo. Escrever ela inteira como se estivessem escrevendo um livro com inicio meio e fim.
- Desenhistas: são os que, como o próprio nome diz, desenham tudo: personagens, cenários, objetos, etc.
-Modeladores: são os profissionais que, baseados nos personagens e objetos desenhados pelos desenhistas, criam as versões dos mesmos em 3D.
-Animadores: são os que dão vida aos desenhos, ou seja são os que fazem os personagens andarem, pularem, chutarem e fazerem diversas outras ações tanto no 2D (desenho no papel) quanto no 3D.
-Editores Áudio Visuais: são os responsáveis pelos áudios do jogo (sons, efeito sonoros, etc.)
-Programadores: são os que juntam tudo e, a partir de códigos e linguagens de programação, dão dinâmica e criam os comandos do jogo.
Essas são as principais áreas. Existem os diretores de cada setor que avaliam o processo e corrigem possíveis erros. Existe também o setor de marketing que vai elaborar a divulgação do game. Mas para a criação de um jogo as principais áreas são essas citadas.
No decorrer da minha faculdade aprendi a fazer um pouco de tudo. Entretanto a área que eu gosto mais é de Game Design e Level Design onde você pode dar idéias totalmente exageradas e depois ir moldando até chegar em uma idéia de game inovadora.

Francielio - Quais programas são usados para se fazer os games, e, principalmente, quais mexem com os desenhos?

R: Existem inúmeros programas que podem ser utilizados para o desenvolvimento de um game. Existem programas para modelagem e animação 3D como, por exemplo, o 3D Max ou o Maya. Entretanto para desenhos ainda é o bom e velho papel e um lápis

Isabela - Para um Designer de Games, no mercado de trabalho tem muita concorrência? E dá lucros?

R: Atualmente o mercado de trabalho na área de Games não esta saturado. Embora aqui no Brasil essa área ainda não é muito grande, existem mais vagas do que profissionais o que acaba ocorrendo de profissionais de outras áreas, como por exemplo, ciência da computação, entrarem nesse ramo. Estima-se que um jogo de sucesso após de pronto pode gerar um lucro de aproximadamente 7 meses de descanso.

Anderson B. - Qual a parte mais demorada e/ou difícil para se montar um jogo?

R: Todas as partes de um jogo são de certa forma, complicadas. Todas exigem do profissional muita dedicação e qualidade. Entretanto a parte que eu considero mais difícil é a programação. São centenas de linhas,de códigos pra fazer tudo, personagens, animações, itens comandos, etc., funcionarem dinamicamente perfeito.

Aproveitando esse clima, nossa equipe desenvolveu um jogo fictício com muita criatividade que apresentamos a seguir:

Depois do jogo do super Nintendo, Mario Bros se machuca e vai para a cadeira de rodas. Seu arqui-inimigo, Bowzer, cria uma máquina do tempo e foge, levando a princesa, para a vila medieval. Bowzer, ao chegar à vila, ouve dos habitantes a respeito de uma lenda, que falava sobre uma tal armadura dourada, a qual quem a tivesse poderia fazer tudo o que quisesse.
Esta lenda tem sua origem na era medieval por volta do séc. V, quando os reis dos feudos mandavam nos camponeses que não mandavam em ninguém.

Bowzer consegue descobrir o local exato onde a armadura estava escondida, e mais ainda: descobre que a princesa Peach Toadstool descende dos criadores dessa armadura. Assim, Browzer acredita que a princesa provavelmente sabe como achar essa armadura. O que, na verdade, a princesa dos cogumelos desconhece.

Assim, Mário e sua super cadeira descobrem o esconderijo da máquina do tempo e nela viajam no tempo também.Acontece uma pequena mudança em seus trajes; ele volta no tempo e fica com um ar de Robin Hood.

Mário cai e se encontra em uma estrada, onde se depara com um monstro... Encontra com 7 monstros diferentes e tem 7 pessoas que o ajudarão.Tudo isso para resgatar a princesa. Ele precisará das dicas para isso!

Fase1
Personagem: Mendigo Louco Local: Estrada Inimigo: Monstro louco Enigma:o mendigo fala o enigma ao contrário. É, na verdade, a ultima pista, com o local correto da estada da princesa: “Ela foi para os lados dos gigantes”.

Fase 2
Personagem: Ladrão Aposentado Local: Floresta Inimigo: Lobo fardado Para vencê-lo, Mário deve utilizar um de seus poderes. Depois, o ladrão entrega uma bússola. Enigma: “Caminhe até onde as ovelhas ficam só que no meio desse caminho encontrará muitas armadilhas”.

Fase 3
Personagem: Criador de Ovelha Local: Pasto Inimigo: Ladrão de Ovelhas O ladrão de ovelhas estava roubando todas as ovelhas do criador de ovelhas, Mário derrota o inimigo utilizando emprestada a bengala do criador de ovelhas que dá agradecido o objeto que salvou sua vida e depois fala seu enigma.
Enigma: “Vá em frente e vire a direita, próximo ao rio encontrará a solução”.

Fase 4
Personagem: Criança Local: próximo ao rio Inimigo: Caveira Mário deverá derrotar a caveira utilizando simplesmente retirando a capa do monstro. Depois que Mário derrotar a caveira, a criança lhe emprestará seu super pulo. Enigma: “Suba a ladeira, vire a esquerda e encontre a casa da armadura”.

Fase 5
Personagem: Ferreiro Local: Na casa do ferreiro Inimigo: Bruxo-lobo O bruxo havia se transformado em lobo e prendido o ferreiro com a chave. Mário derrotará o bruxo em forma de lobo e irá cortar a calda do lobo, liberando assim o ferreiro. Então o ferreiro vai entregar uma espada imbatível para Mário. Enigma:Vá descansar e comer algo lá na taberna,talvez encontre alguém que possa te ajudar,pois eu só posso te proteger.

Fase 6

Personagem: Senhor feudal Local: Taberna Inimigo: O coiso – Freddie Mercury Prateado Eles se encontram dentro da taberna inicia o confronto. Muito forte, sua especialidade são as espadas e machado,mais muito lerdo fica tonto com movimentos rápidos. Depois de deixar a Coisa tontinho Mário da uma garrafada nele o deixando inconsciente e com sua própria espada do seu fim.Assim o Sr feudal oferece uma bebida e fala. Enigma: Vá até a igreja sempre me inspiro lá.

Fase 7
Personagem: Clero Local: Igreja Inimigo: Demônio. Ataque muito forte com pouca precisão, com um pouco de reflexo é possível escapar e contra atacar. Limite de tempo, necessário recarregar as energias. Mário está indo até a igreja quando vê o demônio tentando destruir a igreja, assim Mario tenta impedir.
Enigma: Lenda dos “Gigantes”.

“Há milhares e milhares de anos quando os deuses ainda habitavam a terra e se reuniam numa floresta. Eram 7 deuses: Thor, Carmim, Ivo “travesso”, Jade, Eid, Apolo e Ester.
E um dia, quando os homens passaram a habitar a Terra, também um homem, um único homem, invadiu esta reunião. Sendo muito bem recebido e adorado pelos deuses que inocentemente doaram cada um dos 7 uma parcela de seus poderes a ele. Porém, este homem não era nada bom e acabou destruindo boa parte do mundo. Assim, os deuses, muito tristes e enfurecidos, desapareceram com o homem, pegaram os poderes doados para ele e colocaram em uma armadura, fazendo um encanto que apenas alguém de coração puro poderia usar daqueles poderes. Após isto, eles jogaram uma mentira para os homens, em que quem entrasse na floresta ficaria petrificado para sempre. Porém, ali estava escondida a armadura. “Até o momento presente as pessoas são aterrorizadas por essa lenda...”.
Ouvindo por fim o conto, Mário compreende tudo e corre para a floresta já visitada por ele. Lá, encontra então seu arqui-inimigo, e iniciam uma luta ferrenha, na qual quem leva a vantagem é o herói Mario, que, além de resgatar a princesa, ganha a armadura dourada. E, podendo fazer o que quiser, volta para seu mundo.





FIM

Elaboração: Jade Boscolo e Ana Carolina Gomes - Pedagogas
Colaboração: Guilherme Figueiredo - Design de Games
Participação: Todos os pacientes




segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os Videogames e a sociedade...



A indústria dos Games acompanhou a versatilidade do mundo globalizado, que, juntamente com o avanço tecno-científico, comanda a vida moderna. A "febre" que atingiu os consoles não foi diferente de outros produtos que dominaram e, de certa forma, com suas evoluções, ainda dominam o mercado de consumo. Os aparelhos de televisão, de som, os laptops, os celulares, enfim, muitos outros... quanto mais se adquire determinado produto, novas versões surgem...este é o mundo capitalista. Depois de seu surgimento, há 39 anos, os games continuam fazendo muito sucesso, porém, o que era para ser uma simples diversão, hoje tornou-se um divisor de opiniões na sociedade. Há os que veem como uma diversão, causadores de dependência, lixo cultural ou geradores de violência. Muitos defendem as classificações/proibições, outros, as abominam e defendem a tese de que quem deve educar são os pais, e não as autoridades competentes.

Sabemos que os videogames não são brinquedos somente para crianças. Hoje, muitos que se divertiram antigamente são adultos e continuam a se entreter com jogos de alta tecnologia, e é justamente esta umas das polêmicas, pois o avanço tecnológico dos softwares transportam os jogadores para outra realidade, (para a realidade da trama do jogo) de tal forma que coloca o jogador a participar, em primeira pessoa, da história que está jogando. Com isto, os jogos violentos estão cada vez mais reais e também violentos, expondo as crianças a uma realidade que não estão psicologicamente estruturados a viverem. Desta forma, a classificação etária é válida, não como uma determinação certa para tal idade, pois as vezes a criança A com a idade B, não tem uma estrutura familiar, educacional e psicológica para vivenciar a trama classificada pelo mercado; sendo assim, é fundamental o auxílo dos pais nesta orientação e no acompanhamento da aquisição do produto adquirido pelo filho. Sabemos muito bem que crianças não têm o poder de discernimento sobre o que é certo ou errado. É sabido também que essas definições vem da educação a qual elas recebem, ou deveriam receber. Se você passa horas atirando em pessoas em um jogo, e isso é tido como correto, o que impediria você de fazer o mesmo na vida real? Não existe diferença entre ficção e realidade para quem não tem discernimento nem educação adequada.

Privá-las de uma educação que siga os princípios éticos da vida em sociedade é torná-las incapazes de criar um padrão de discernimento.

A geração atual, é livre em excesso. Muita informação, muita liberdade, muita violência, alcool, cigarros, pornografia e drogas são adquiridos facilmente por quem deveria estar muito longe disto.

Por que não jogar? Os jogos não são entretenimento?

O problema em jogar não está nos jogos e muito menos nas crianças, assim como as alterações comportamentais mencionadas acima. A culpa é da sociedade como um todo, da família, que está enfraquecida e sem autoridade, que deve ser (hoje e sempre) o alicerce forte da nossa vida, das leis, que deveriam ser efetivas, do governo, que deveria ser menos omisso e do mercado comercial, que deveria ser mais ético, menos imprudente.


As crianças não são o futuro e esperança do nosso país?

Que possamos refletir sobre este futuro, pois ainda devemos acreditar na esperança...


Texto: Zizi Marques
Revisão: Bruno de Pierro
Supervisão: Jade Boscolo

Imagem: Trabalho em Maquete dos irmãos Sergio e César Ferreira

domingo, 23 de maio de 2010


No último mês de fevereiro, foi promovido, no setor de fisioterapia da Abdim, o concurso de marchinha de carnaval. Os participantes foram divididos em grupo, e o critério de julgamento foi baseado na escolha da música favorita de carnaval. Cada grupo deveria fazer uma paródia que estivesse relacionada a algum setor da associação.

O grupo formado por Marc Aoki, Bruno Rolim e William Almeida escolheu a “Você Pensa que Cachaça é Água” para fazer a paródia, porque, segundo os alunos, eles adoram uma cachaça! A brincadeira foi justamente substituir a cachaça pelo Bipap. "Lembro como se fosse hoje a época em que tive que começar a usar o Bipap. De todas as fases, essa é a pior! Parar de andar, tudo bem! tem cadeira de rodas - que também é difícil - mas a gente vê outros cadeirantes na rua! Mas alguém usando bipap, não!", conta Aoki.
Um dia, a fisioterapeuta do Instituto do Sono foi na casa dele e explicou como funcionava o aparelho e porque deveria ser usado. "No começo, eu pensava 'será que vale a pena a viver assim?'. Minha mãe sofria também, mas ela tomou uma atitude, e certo dia ela falou: 'ou usa ou morre'. Então comecei a usar – foi bem difícil! -, e Graças a Deus hoje estou aqui!", relembra.
De acordo com o grupo, a escolha dessa paródia da musica foi para dar um tom mais divertido a uma fase que é complicada, mas que é possível de ser superada. E aqui está o resultado:

Você pensa que usar Bipap é fácil

Usar Bipap não é fácil, não

Depois que se acostuma,

Você não dorme sem ele, não

Pode faltar tudo na vida

Menos o ar no meu pulmão

Pode até faltar energia

Mas com o no-break não tem problema, não

Pode me faltar o ar

Isso não tem graça, não

Só não quero que me falte

Ar no meu pulmão
Texto: Marc Aoki
Supervisão: Isabela Vieira
Revisão: Bruno de Pierro

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A Febrace


A FEBRACE - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - é um “concurso” nacional que estimula o jovem cientista a expor seus projetos, fomentando a criatividade e a reflexão em estudantes, criando projetos com fundamento cientifico em várias áreas da ciência e da engenharia.

A Escola Politécnica da USP, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis, é a instituição que promove o evento, com uma equipe multidisciplinar que engloba profissionais, professores avaliadores, estudantes e voluntários de todas as áreas relacionadas aos eventos - engenharia, ciência da computação, jornalismo, relações públicas, publicidade, letras, design e audiovisual.

A feira tem revelado novos talentos desde 2003. Os projetos são desenvolvidos por alunos de ensino médio do Brasil inteiro, ao longo do ano, tendo sua mostra anualmente no mês de março.

Os projetos feitos pelos alunos são desenvolvidos para o bem estar das pessoas que vivem em nosso planeta. Os projetos da feira são demonstrações que no futuro as coisas podem mudar para melhor. Os alunos de hoje começam a pensar nas soluções e assim vem mostrando para a sociedade brasileira que aprendem a aprender e que podem querer e fazer.

ABDIM na FEBRACE :

Através da Coordenadora de Terapia Ocupacional Adriana Klain, que foi da comissão julgadora, a ABDIM teve a oportunidade de participar do evento. No dia 10 de março, representando a Associação, foram os educandos Natalia, Pablo, Ítalo, Jefferson e Alex Alan juntamente com as/os acompanhantes Lucineide, Márcia, Pai, M.Amélia e Suzana e a equipe: TO Adriana, Daniela, F.Resp. Simone, F.M.Sheila, S.S. Sharlene e Pedago. Jade.

Dos projetos vistos, os de maior gosto foram: Óculos mouse e alquimia do banho etc.

“O projeto que eu mais gostei foi o “óculos mouse” pela sua utilidade, para quem tem os movimentos dos braços reduzidos é muito útil. E se esse projeto saisse no mercado eu acho que iria fazer muito sucesso entre os deficientes físicos com movimentos reduzidos.” Jefferson.

“Os projetos que mais gostei foram: o creme higienizador de mãos que é mais eficaz do que água e sabão ou álcool e o aparelho que funciona como um bip, ele serve para quem precisa chamar alguém para ajudar e esta pessoa está longe. Seria muito bom se estes projetos entrassem no mercado, pois não só beneficiaria as pessoas deficientes, mais como os idosos que estão em asilos, pessoas que estão imobilizadas nos hospitais etc. E o higienizador também seria muito bom para todos, pois ele substitui álcool ou água e sabão para a higienização das mãos por mais ou menos 3 horas e o produto não resseca as mãos mais sim hidrata a pele.” Natália.


Texto: Alex Alan, Ítalo, Jefferson, Natalia e Pablo.
Coordenação : Jade Boscolo
Colaboração: Adriana Klein
Revisão: Bruno de Pierro

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Atividade Física:

A equipe multidisciplinar da Abdim, preocupada com a qualidade de vida e bem estar de seus pacientes, implantou, o projeto de Atividade Física para os cuidadores (acompanhantes). Os professores Kauê (manhã) e Carol (tarde), alunos da Faculdade de Educação Física da USP, nos contam como foi realizar esta atividade.

Por: Kauê Bistriche e Carolina Teixeira Bartoletti

A idéia de realizar atividades físicas com os cuidadores dos portadores de Distrofia Muscular da ABDIM não é recente.

Inicialmente, os próprios fisioterapeutas passavam exercícios para que os cuidadores os realizassem em suas casas. Entretanto, pelo fato de muitos participantes desistirem do programa por falta de tempo e motivação para realizar os exercicios em casa, foi necessário repensar o projeto.

Assim, surgiu a idéia de realizar o programa de atividades físicas na ABDIM, com a orientação de educadores fisicos, enquanto os pacientes eram atendidos pelos fisioterapeutas.

O programa, que é diário, começou em Abril de 2009 e dura até hoje. De caráter não obrigatório - em que, durante um período de duas horas em sessões de 30 minutos, os cuidadores podem praticar alongamentos, exercícios de fortalecimento muscular, atividades de coordenação e dança.


O objetivo é aliviar as dores musculares relatadas pelos cuidadores, bem como proporcionar um momento de relaxamento e socialização durante a espera pelo tratamento dos pacientes.


"Praticamente cai de pára-quedas na ABDIM, tive uma conversa informal com a Carol (professora da tarde) e soube que estavam precisando de gente, então vim para ABDIM. Quando eu entrei na ABDIM não tinha idéia de quão diferente eram as alunas entre si, tive de me adaptar e os exercícios também. No começo havia algumas cuidadoras muito motivadas, mas com o decorrer do tempo delas foi perdendo o entusiasmo. Eu gosto de trabalhar aqui porque me divirto junto com as alunas, além da equipe de profissionais ser muito boa. É muito importante que os cuidadores se exercitem adequadamente pois realizam um grande esforço como cuidadores no dia-a-dia. Além disso como ao envelhecer nós vamos perdendo força e flexibilidade, é extremamente importante a prática regular de exercícios físicos para dimiuir essa perda." explica Kauê.


"Vi o anuncio de estágio da ABDIM no mural da faculdade (EEFE-USP), e procurei a coordenadora do setor. Logo de inicio, já fui informada sobre o projeto anterior e sobre a dificuldade em reter as alunas com o decorrer do projeto. A tarde as desistências foram poucas, embora haja muitas faltas em decorrência das responsabilidades dos cuidadores com os pacientes na ABDIM, mas de forma geral os participantes gostaram do programa, principalmente das aulas de alongamento e fortalecimento muscular, que acredito, são as mais benéficas para a condição deles como cuidadores". completa Carol.


Motivos importantes para a prática da atividade física :

1- AUTO-ESTIMA:
A prática de exercícios físicos aumenta a confiança em si mesmo.

2- CAPACIDADE MENTAL :
Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais apurada.

3- COLESTEROL:
Exercícios vigorosos aumentam os níveis de HDL ( bom colesterol) no sangue, diminuindo riscos de doenças cardíacas.

4- DEPRESSÃO:
Pessoas com depressão brandas ou moderadas que praticam exercícios de 15 a 30 min / dia, experimentam uma variação positiva em seu quadro.

5- DOENÇAS CRÔNICAS:
O sedentarismo deixa o indivíduo duas vezes mais propenso a doenças cardíacas.

6- ENVELHECIMENTO:
Ao fortalecer músculos e coração, é amenizar o declínio das habilidades físicas, ajudando no retardo do envelhecimento.

7- OSSOS:
Exercícios regulares são fundamentais na construção e manutenção da massa óssea.

8- SONO:
Quem se exercita dificilmente vai ter problemas de insônia, e normalmente apresenta um sono mais tranqüilo.

9- ESTRESSE E ANSIEDADE:
A atividade física libera hormônios acumulados durante os momentos de estresse, também funciona como uma espécie de tranqüilizante natural – depois dos exercícios as pessoas experimentam uma espécie de serenidade .

Visite:
http://www.peteca-esporteparatodos.blogspot.com/ (Informações extraídas do site)

Matéria Elaborada por: Zizi

Colaboração: Kauê Bistriche e Carolina Teixeira Bartoletti - Professores de Educação Física

Revisão: Bruno de Pierro

Supervisão: Ana Carolina e Jade Boscolo

sábado, 8 de maio de 2010

Quando a bijuteria vira uma joia

Meu nome é Tiago, 30 anos, e tenho distrofia muscular de Duchene. Aos 15 anos, parei de andar, mas nem por isso deixei de arquitetar projetos. Meu primeiro foi vender canetas de prata, em 1995, quando voltei a estudar, pois havia parado pelo fato de a antiga escola ser longe e eu não poder me locomover direito com a cadeira de rodas. Já a nova escola, na qual eu vendia as canetas, era perto de casa e dava pra ir de cadeira de rodas sem problemas. Nessa mesma época, meu pai começou a viajar para o Paraguai e a trazer muitas coisas, entre elas as canetas que eram novidades.

Por eu ser bom vendedor, não deu outra!

Depois das canetas, foram os cartuchos de vídeo game. Nossa! Como vendia bem. Eu não ganhava muito, porém me divertia bastante, principalmente na hora de testar os games. Em 1996, pedi para meu pai um Playstation e uma TV de 20 polegadas para colocar na garagem e, assim, ganhar um dinheirinho com locação de games, e também ter uma ocupação, pois não estava mais estudando. Como a cidade era pequena, muitos garotos copiaram minha idéia e se tornaram concorrentes, o que me fez ter de vender os jogos e fechar o negócio.

Fiquei um ano parado, procurando alguma coisa para fazer, pois nunca gostei de ficar parado. Foi aí que tive contato com uma senhora, conhecida de minha mãe, e que fazia chaveiros artesanais de bichinhos. Fiquei interessado e quis aprender a fazê-los, só que a mulher morava longe e não dava pra eu ir até a casa dela. Um dia, sem ter o que fazer, eu vi no braço de um menino uma pulseira entrelaçada feito de linha encerada com umas miçangas dos lados, muito bonita. Ele me ensinou como fazer; no começo, achei difícil, pois tinha que fazer muita força com os nós. Foi o meu primeiro contato com bijuteria, e as pulseirinhas fizeram muito sucesso, principalmente na escola em que minha irmã estudava. Eu não ganhava muito porque elas custavam um real.

Logo depois, aprendi a fazer anéis. Mostrei-os para o pessoal da Igreja e eles me disseram que na pastoral havia uma cooperativa da comunidade do bairro, em que ensinavam vários trabalhos manuais e onde eu poderia ir mostrar os meus trabalhos. Lá, encontrei uma freira que estava ensinando a fazer chaveiro de cachorrinho. Não pensei duas vezes e sentei numa mesa com 10 mulheres para aprender. Foi aí que eu aprendi a fazer os famosos chaveiros de cachorrinho de miçanga. Daí por diante aprendi também a fazer outros bichos, como o jacarezinho, a pantera cor-de-rosa e o coraçãozinho.



Abracei de vez a bijuteria e hoje faço colares, pulseiras, brincos e anéis e já cheguei a montar colares para uma loja, cujo dono gostou tanto do meu trabalho, que me deu umas revistas de bijuterias. Hoje, ensino alguns colegas da Abdim, onde faço fisioterapia, a fazerem bijuterias, pois é sempre bom manter a mente ocupada em vez de ficar parado vendo o tempo passar.

Créditos:
Thiago Tomé

Colaboradores:
Ana Carolina Gomes
Bruno de Pierro